Não Basta Encantar, Tem que Mensurar: A Arte e a Ciência das Métricas de Experiência do Cliente

abril, 2024‎ ‎ ‎ |

‎Por Rodrigo Tavares

Na era atual, onde a experiência do cliente (CX) se tornou o centro das estratégias de negócios, compreender e medir efetivamente essa experiência é crucial para o sucesso empresarial. As métricas de CX fornecem insights valiosos que ajudam as organizações a adaptar, refinar e otimizar suas interações com os clientes, garantindo não apenas a satisfação, mas também a fidelização e o engajamento a longo prazo. A implementação de métricas de CX adequadas permite que as empresas transcendam as suposições e intuições, baseando suas decisões estratégicas em dados concretos.

A Experiência do Cliente deve ser medida da forma que é construída. Ou seja, abrangendo as 3 dimensões essenciais de CX: Resolutividade da Necessidade do Cliente, Esforço e Conexão Emocional. Entre as métricas que compõem esse sistema de mensuração de CX, destacam-se a Taxa de Contato/Fricção na dimensão Resolutividade da Necessidade do Cliente, o Customer Effort Score (CES) na dimensão Esforço e o Net Promoter Score (NPS), juntamente com o Customer Satisfaction Score (CSAT), na dimensão Conexão Emocional. Cada uma dessas métricas aborda diferentes aspectos fundamentais da experiência do cliente, oferecendo uma visão abrangente de como os clientes percebem sua interação com a marca.

A Taxa de Contato/Fricção tem como finalidade mensurar a ocorrência de atritos na jornada e contatos realizados junto aos canais de relacionamento e atendimento proporcionalmente ao volume de transações ou base de clientes ativos, reforçando que a Experiência do Cliente começa por um Produto sólido e robusto que resolve a necessidade do cliente sem gerar dúvidas, problemas ou necessidade de suporte. O CES avalia o esforço necessário para o cliente realizar uma ação desejada, como comprar um produto ou resolver um problema, enfatizando a importância da simplicidade e da facilidade de uso nas experiências do cliente. O CSAT concentra-se na satisfação do cliente com um produto, serviço ou interação específica, fornecendo feedback imediato sobre a eficácia das iniciativas de CX, enquanto que o NPS mede a probabilidade de os clientes recomendarem uma empresa a amigos ou colegas, funcionando como um indicador poderoso do encantamento e da lealdade do cliente, assim como o potencial de crescimento orgânico via indicações boca a boca (Word of Mouth). 

Além dessas métricas tradicionais, as organizações estão cada vez mais adotando análises qualitativas e quantitativas mais sofisticadas, como análise de sentimentos e mapeamento da jornada do cliente. Essas abordagens proporcionam uma compreensão mais profunda dos fatores emocionais e contextuais que influenciam a experiência do cliente, permitindo que as empresas identifiquem os pontos de atrito e as oportunidades de melhoria em todo o ciclo de vida do cliente. 

A coleta e análise de dados de CX, no entanto, representam apenas o início do processo. O verdadeiro valor dessas métricas reside na capacidade das empresas de traduzir insights em ações concretas que melhorem a experiência do cliente. Isso requer não apenas uma infraestrutura tecnológica robusta, mas também uma cultura organizacional que valorize o feedback do cliente e esteja comprometida com a melhoria contínua. Ou seja, CX, em sua essência, é a melhoria contínua dos produtos e serviços movida pela voz do cliente com a finalidade de gerar impacto no business e promover a perenidade da marca.

Para maximizar o impacto das métricas de CX, as empresas devem também garantir que essas métricas estejam alinhadas com objetivos e indicadores estratégicos mais amplos e sejam compartilhadas entre todos os departamentos. A experiência do cliente é um esforço coletivo que transcende os limites departamentais, desde o desenvolvimento de produtos e marketing até o comercial e o suporte ao cliente. Promover uma visão unificada da CX em toda a organização é fundamental para criar experiências consistentes e positivas para os clientes.

À medida que o panorama empresarial continua a evoluir, com expectativas dos clientes cada vez mais altas e um ambiente competitivo intensificado, a importância das métricas de CX só tende a crescer. As empresas que se dedicam a medir, entender e agir com base nas experiências dos clientes estão melhor posicionadas para construir relações duradouras, gerar valor sustentável e diferenciar-se em mercados saturados. Em última análise, o sucesso na era da experiência do cliente depende da capacidade de uma organização de ouvir, aprender e evoluir em harmonia com as necessidades e desejos de seus clientes.

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Rodrigo Tavares

Liderança de CX da RecargaPay, já atuou na 99 e Mercado Livre. É professor de CX e especialista em experiência do cliente.

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