Alavancando Seu Negócio com Vendas para o Governo: Estratégias Efetivas de B2G

maio, 2024‎ ‎ ‎ |

‎Por Juliana Minorello

No cenário de negócios Business to Government (B2G), empresas que compreendem como navegar o complexo ambiente de vendas governamentais podem desbloquear uma fonte substancial de receita e estabilidade. Através de contratos governamentais, as empresas têm a oportunidade de expandir significativamente seus mercados, mas para isso, é essencial entender as especificidades e as melhores práticas de engajamento com o setor público.

‌O primeiro passo para uma empresa que deseja entrar no mercado B2G é compreender os requisitos e os processos de licitação do governo. Cada órgão governamental pode estabelecer diferentes e critérios para a seleção de fornecedores a depender do produto ou serviço que esteja contratando. O formato da licitação também pode variar de acordo com o objeto que se pretenda oferecer e valores, tornando crucial para os interessados uma compreensão detalhada das normas e dos ritos estabelecidos. Empresas bem-sucedidas nesse campo geralmente investem em especialistas em licitações governamentais ou desenvolvem uma equipe interna dedicada a essa finalidade.

‌Nesse contexto, temos observado nos últimos anos o surgimento de diversas empresas que buscam explorar essa nova vertente. Desde gigantes como a Amazon, que está ampliando seus serviços para incluir soluções em nuvem destinadas aos governos (AWS), até startups como MindLab e Geekie, que se dedicam a oferecer soluções para aprimorar o desempenho escolar de estudantes da rede pública.

‌Além de entender o processo de licitação, é importante que as empresas construam relacionamentos sólidos com as entidades governamentais. Isso pode ser alcançado de diversas formas, como por meio de reuniões e participação em eventos, conferências e workshops focados no setor público. Essas interações proporcionam insights valiosos sobre as necessidades futuras do governo e abrem caminhos para parcerias potenciais.

‌Anteriormente, o processo de estruturação de uma seleção pública era notavelmente restrito à participação de atores do setor privado. No entanto, atualmente, essa participação é incentivada, visto que pode assegurar que as propostas em questão representem genuinamente as melhores soluções de mercado, além de serem viáveis tanto tecnicamente quanto financeiramente. Nesse contexto, a nova Lei de Licitações (Lei 14.133/21) estabeleceu diversas ferramentas que permitem ao poder público se valer do conhecimento do setor privado para a elaboração de licitações. Entre essas ferramentas estão a Manifestação de Interesse Privado, o Procedimento de Manifestação de Interesse e a realização de Consultas e Audiências Públicas.

‌‌A transparência e a conformidade regulatória também são cruciais no ambiente B2G. Os governos exigem que seus fornecedores sigam rigorosos padrões éticos e legais. Assim, garantir que todas as operações estejam em conformidade com as leis aplicáveis é fundamental para manter contratos governamentais e evitar penalidades legais ou danos à reputação.

‌Para empresas que buscam maximizar suas chances de sucesso em vendas governamentais, a inovação é um diferencial importante. Governos frequentemente enfrentam desafios únicos que necessitam de soluções criativas. Empresas que podem oferecer produtos ou serviços inovadores que atendam ou superem as necessidades do governo tendem a se destacar em processos de licitação.

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Juliana Minorello

CXO (Chief External Affairs Officer) na Tembici, conselheira na Aliança Bike, professora de gestão e relações externas na Link School of Business e de diplomacia corporativa na Future Law. Formada em Direito pela USP – São Paulo, cursou MBA Internacional pela FIA e especializou-se em tecnologia pelas Universidades Berkeley e Stanford. A executiva dispõe de mais de 14 anos de experiência em órgãos públicos e no setor privado, atuando tanto nas áreas de políticas públicas e jurídica. Especialista em vendas para o governo e internacionalização de empresas, Juliana atuou no Tribunal de Justiça e no Ministério Público do Estado de São Paulo, passou por multinacionais de tecnologia como Groupon, Cabify e Easy Taxi, sendo hoje referência nas discussões sobre mobilidade, sustentabilidade e novas tecnologias, contribuindo significativamente para o avanço e aprimoramento desses campos.

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