A Importância da Governança de Inteligência Artificial para o Desenvolvimento Econômico e Humano

‎Por Marcelo Fonseca Santos

A governança de inteligência artificial (IA) é um dos pilares fundamentais para garantir que o avanço tecnológico seja não apenas produtivo, mas também ético e sustentável. À medida que a IA se torna uma força motriz da transformação digital em diversos setores, desde a indústria até os serviços públicos, a necessidade de estabelecer diretrizes, regulamentações e práticas sólidas de governança nunca foi tão urgente.

Garantia de Confiança e Ética no Uso da IA

A implementação de sistemas de IA sem critérios claros pode levar a decisões enviesadas, discriminações ou até mesmo violações de direitos humanos. A governança de IA estabelece princípios éticos que garantem a transparência, a imparcialidade e a proteção de dados dos usuários. Isso não apenas mitiga riscos reputacionais para as organizações, mas também promove a confiança do público, que é essencial para a aceitação e adoção dessas tecnologias.

Fomento ao Desenvolvimento Econômico Sustentável

Quando bem regulamentada, a IA potencializa o crescimento econômico ao:

  1. Automatizar processos: Aumentando a eficiência operacional e reduzindo custos.
  2. Personalizar serviços: Melhorando a experiência do cliente e fidelizando consumidores.
  3. Identificar oportunidades de mercado: Através da análise preditiva e insights gerados por dados.

A governança garante que esses benefícios sejam alcançados de forma equitativa, reduzindo desigualdades e democratizando o acesso às inovações. Negócios que adotam práticas responsáveis no uso de IA estão melhor posicionados para competir em um mercado global, cada vez mais exigente quanto à conformidade ética e regulatória.

Proteção do Ser Humano como Foco Central

A governança de IA coloca o ser humano no centro das decisões tecnológicas. Isso implica:

  • Garantir que os algoritmos respeitem direitos fundamentais, como a privacidade e a igualdade.
  • Prevenir impactos negativos no emprego, promovendo a requalificação e o aprendizado contínuo.
  • Promover a inclusão digital, permitindo que pessoas de diferentes contextos sociais e econômicos se beneficiem das inovações.

Adoção de Padrões Internacionais

Empresas e governos que implementam governança de IA alinham-se aos padrões globais, como os desenvolvidos pela União Europeia e a UNESCO. Isso não só aumenta a competitividade internacional, como também cria um ambiente mais estável e seguro para investimentos.

Conclusão

A governança de inteligência artificial é mais do que uma ferramenta de conformidade; é um motor estratégico para o desenvolvimento sustentável de negócios e sociedades. Ao equilibrar inovação com ética e responsabilidade, a governança de IA assegura que o progresso tecnológico contribua para um futuro onde empresas prosperem e seres humanos vivam com dignidade e oportunidade.

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CONSELHEIR@

Marcelo Fonseca Santos

Mestrando em Direito Político e Econômico na  Universidade Presbiteriana MACKENZIE, Especialista em Direito Empresarial pela FGV/SP, advogado, Vice Presidente da Associação Nacional das Advogadas e Advogados de Direito Digital – ANADD, Diretor da International Association of Artificial Intelligence– I2AI, Pesquisador, Professor e Palestrante de Direito Digital e Inovação, Presidente da Comissão de Direito Digital da OAB/SP – Lapa, Coordenador do Curso de Pós-Graduação de Inteligência Artificial e Gestão de Negócios,  Professor da Pós Graduação da LEGALE em Lei Geral de Proteção de Dados, Professor de Direito Tributário das Faculdades Integradas Campos Salles, Membro das Comissões de Tecnologia e Inovação, de Compliance e de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da OAB/SP, Coordenador da Escola Superior de Advocacia – ESA – da OAB/SP – Lapa.

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