Como criar cultura de cibersegurança e transformar o treinamento em uma experiência engajadora para a sua equipe?

fevereiro, 2025‎ ‎ ‎ |

‎Por Vinicius Perallis

O fator humano na sua empresa

O fator humano é, sem dúvida, um dos pilares mais cruciais para a cibersegurança de qualquer organização. E, apesar de regulamentações como a LGPD e a ISO 27001 exigirem treinamento contínuo e conscientização, muitas empresas ainda não estão focando onde realmente importa.

Você provavelmente já ouviu a famosa frase de Simon Sinek: “100% dos clientes são pessoas, 100% dos colaboradores são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios.” Mas, será que esse pensamento se reflete na forma como você aborda a cibersegurança? Será que o programa de segurança da sua empresa é realmente desenhado para engajar os colaboradores, tornando-os parte ativa desse processo?

A cibersegurança não deve ser tratada como um projeto estático e processual. Ela precisa ser uma iniciativa viva, que se incorpore à cultura da empresa e ao dia a dia dos colaboradores. Para ser eficaz, essa cultura de segurança deve ser vivenciada por todos, de modo que as pessoas da sua equipe desempenhem o papel de protagonistas, e não de meros espectadores que respondem a situações pontuais.

Na prática, no entanto, muitos treinamentos acabam se limitando a ações superficiais, como simulações de phishing ou comunicados por e-mail. Esses treinamentos colocam os colaboradores em uma posição reativa, sem prepará-los para entender, de fato, os riscos de cibersegurança enfrentados pela empresa e as melhores práticas para mitigá-los. Como resultado, a equipe passa a enxergar o treinamento como uma tarefa a ser cumprida, e não como uma parte integral de sua rotina.

Por isso, é importante refletir: o treinamento oferecido realmente prepara sua equipe para lidar com os desafios reais da cibersegurança? Ou ele apenas cria uma falsa sensação de segurança, sem desenvolver a capacidade de enfrentar as ameaças de maneira eficaz?



Afinal, cultura de cibersegurança se cria com simulações de phishing?

Muitas empresas acreditam que estão adotando um programa de cibersegurança robusto, mas, na prática, acabam se limitando a executar simulações de phishing. Nessas simulações, os colaboradores são testados para verificar se conseguem identificar um e-mail malicioso. Caso “caiam na armadilha”, recebem algum tipo de punição ou medida corretiva.

Agora, pare e pense: essa abordagem é realmente suficiente? E, mais do que isso, ela é realmente eficiente?

A questão é que o medo da punição, em vez de gerar aprendizado, pode criar um ambiente de insegurança e desmotivação. No lugar de estimular a reflexão e o crescimento, ela pode fazer com que os colaboradores se sintam desconfortáveis e até resistentes ao treinamento.

O que notamos na prática com as simulações de phishing é que muitos colaboradores acabam acreditando que a área de segurança está mais preocupada em enganá-los e identificar suas falhas do que em oferecer um aprendizado genuíno e útil. Como resultado, o verdadeiro propósito do treinamento — capacitar o colaborador a tomar decisões mais seguras — se perde, transformando tudo em uma mera “pegadinha”.

E, no final do dia, podemos concordar que você não testaria a integridade de um colaborador oferecendo suborno a ele, não é? Então, por que submeter seus funcionários a simples simulações de phishing, correndo o risco de minar sua confiança e credibilidade?

A mudança cultural necessária para uma proteção real contra as ciberameaças vai além de somente aplicar campanhas de phishing. É preciso transformar cada colaborador em um protagonista da cibersegurança, capacitando-os a se tornarem parte da solução, e não do problema.



A gamificação é a solução

Você já percebeu como os colaboradores podem achar os treinamentos da sua empresa cansativos? Já enfrentou dificuldades para conseguir a participação deles em diferentes projetos na organização? Bem, a gamificação pode ser a chave para mudar isso e implementar um programa de cibersegurança realmente eficiente.

Essa metodologia transforma o aprendizado em uma experiência mais leve e dinâmica, principalmente quando falamos de treinamentos corporativos, que muitas vezes são percebidos como um fardo e como uma obrigação. A gamificação insere elementos de jogos em contextos burocráticos, tornando o processo de aprendizado mais dinâmico e interessante para os colaboradores.E neurociência explica por que esse método é tão eficaz.

Diferente do que aprendemos na infância, os métodos tradicionais de ensino, baseados apenas em leitura e anotações, não são tão eficazes quanto imaginamos. O cérebro não aprende uma informação somente olhando para ela. Ele aprende melhor por meio de experiências práticas. Afinal, o ato de tentar lembrar e colocar em prática um conhecimento fortalece os caminhos neurais responsáveis por essa memória.

Mas o que acontece no cérebro quando aprendemos algo novo? O hipocampo, região responsável pela memória e pela recuperação de informações, é ativado de forma mais intensa quando estamos estudando. E quando esse aprendizado está associado a uma experiência positiva, as informações são retidas por muito mais tempo.

Mas, afinal, como transformar um treinamento em uma experiência prática e positiva e ao mesmo tempo? É aqui que a gamificação entra em jogo. Ao transformar tarefas monótonas em uma missão com desafios, metas e reconhecimentos, o treinamento ganha propósito e se torna mais atraente para o usuário, criando uma conexão emocional com o programa. Com isso, o engajamento cresce de forma natural.

E, com a gamificação, esse engajamento é recompensado de alguma maneira — algo que o cérebro humano adora —, seja na forma de pontos, medalhas ou benefícios empresariais. Esses reconhecimentos reforçam a sensação de conquista e estimulam a liberação de uma série de neurotransmissores associados à motivação e ao prazer, como a dopamina.

Com isso, criamos um ciclo positivo em torno do treinamento, no qual o usuário se sente engajado no propósito da empresa e reconhecido por seus pares e líderes. É assim que a gamificação fortalece a formação de hábitos seguros e consolida a mudança de comportamento.

No fim das contas, o grande potencial da gamificação está em sua capacidade de dar significado ao treinamento, transformando-o em uma missão compartilhada e colocando o colaborador no centro dessa jornada. E ter uma equipe engajada é o primeiro passo para construir uma cultura de segurança sólida.

Com esses princípios em mente, a Hacker Rangers desenvolveu soluções gamificadas que vão além do convencional: o Hacker Rangers Security Awareness, uma plataforma de conscientização projetada para fortalecer a cultura de cibersegurança na sua empresa, e o PhishOS, um simulador de phishing prático que usa como base o NIST Phishing Scale para testar as reais habilidades dos colaboradores quando se trata de identificar phishings.



Conheça o Hacker Rangers, a solução 100% gamificada para criar cultura de segurança na sua empresa

Com a Hacker Rangers, o programa de cibersegurança deixa de ser um conceito chato e abstrato e para se tornar uma experiência envolvente e prática.

Em vez de treinamentos monótonos, os colaboradores assumem o papel de protagonistas em missões, desafios e simulações que os colocam no centro da ação. Medalhas, rankings e patentes tornam o aprendizado dinâmico, incentivando a participação ativa e transformando a segurança digital em algo concreto e presente no dia a dia da sua equipe.

Mas o diferencial não está só no “saber”, mas no “praticar”. Na corrida pelas melhores posições no ranking e maiores patentes, os colaboradores começam a identificar riscos reais dentro da empresa e a agir proativamente para fortalecer a segurança. Em vez de depender apenas da equipe de TI, sua organização ganha um exército de pessoas engajadas na proteção contra ameaças cibernéticas.

E quando o assunto é phishing, o PhishOS leva o treinamento a outro nível. Esqueça o medo e a vergonha das simulações tradicionais: com esse simulador prático, os usuários assumem o papel de analistas de segurança, aprendendo a reconhecer os sinais de phishing com confiança.

A plataforma se baseia na NIST Phish Scale e conta com mais de 20 indicadores de mensagens maliciosas para testar as verdadeiras habilidades da sua equipe. Como gestor, você não apenas acompanha o desempenho, mas também descobre quais desses indicadores são mais fáceis ou difíceis de serem identificados pela sua equipe, ajudando a fortalecer os pontos fracos da sua organização.

A verdadeira mudança na segurança cibernética não acontece somente por meio de firewalls e sistemas, mas por meio das pessoas. Quando o aprendizado é envolvente e motivador, a segurança se torna um hábito natural. E é exatamente isso que a Hacker Rangers oferece: uma abordagem moderna e gamificada que transforma os seus colaboradores em verdadeiros heróis e heroínas da proteção de dados.

A cibersegurança é uma responsabilidade compartilhada entre pessoas. Que tal transformar essa jornada em em uma experiência mais humanizada e atraente para a sua equipe?

Acesse hackerrangers.com e phishossimulator.com para saber mais.]

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CONSELHEIR@

Vinícius Perallis

Vinicius Perallis é CEO e fundador da Hacker Rangers, uma empresa pioneira em gamificação para conscientização em cibersegurança. Bacharel em Ciências da Computação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), é coautor do livro Resposta a Incidentes Cibernéticos e criador dos cursos Security Awareness Officer e Contra Engenharia Social. Atualmente, está liderando a expansão global da Hacker Rangers, com uma base estabelecida em Miami, nos Estados Unidos, e se destaca por criar soluções inovadoras que educam usuários sobre ameaças cibernéticas por meio de tecnologia e gamificação.

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