A segurança da informação tem evoluído consideravelmente, com frameworks como CIS, NIST e ISO 27001 enfatizando a importância da gestão de acessos quando olhamos do ponto de vista corporativo. No entanto, um dos desafios persistentes é a maneira como os usuários lidam com a complexidade das senhas. Para um segmento específico da população, os idosos, essa complexidade tem levado a soluções alternativas que, paradoxalmente, comprometem a segurança.
As diretrizes tradicionais recomendam senhas longas, com caracteres especiais, números e letras maiúsculas e minúsculas. Entretanto, a dificuldade em memorizar essas credenciais faz com que muitos idosos recorram a práticas arriscadas, como anotar senhas em papel, reutilizá-las ou até mesmo enviá-las para familiares por mensagens instantâneas.
Essa situação exige uma abordagem mais equilibrada na gestão de acessos. Imagine um idoso que precisa acessar sua conta bancária online, mas esquece sua senha. Sem alternativas viáveis, ele anota a senha em um papel próximo ao computador ou pede a um familiar que a guarde por mensagem. Essas soluções podem parecer práticas, mas aumentam significativamente os riscos de comprometimento dos dados e fraudes. O NIST, por exemplo, tem atualizado suas diretrizes para priorizar frases-senha fáceis de lembrar e o uso de autenticação multifator (MFA). A ISO 27001 reforça a necessidade de políticas de conscientização, e os controles do CIS destacam a automação e a gestão centralizada de credenciais (como fazer isso com os velhinhos?).
Para mitigar os riscos, é essencial adotar soluções como gerenciadores de senhas, dispositivos de autenticação física (como chaves de segurança) e educar os usuários sobre boas práticas de segurança digital. Esse discurso funciona muito bem como uma forma de “tirar o nosso da reta” no ambiente corporativo, mas quando envolve nossos familiares? Como obter soluções práticas?
Uma coisa todos concordamos. A segurança da informação deve ser acessível a todos, garantindo proteção sem comprometer a usabilidade. Um acordo que eu tenho com os meus irmãos é de comunicar sempre que alguma senha dos nossos pais é alterada, e eu centralizo em um cofre. Dessa forma, sempre que algum deles precisa acessar algum serviço que pede a senha, em última instância, me procuram para ajudar.
Uma semana segura para todos!!!